sexta-feira, 30 de outubro de 2009

E agora eu volto para onde eu tinha parado


"Olá, bom dia, como você vai?" É a certa frase-pergunta na qual eu sinto falta de ouvir. Só ditam ela aquelas pessoas educadas, que sumiram no mundo como o de hoje. Era costume a um tempo atrás, as pessoas chegarem no trabalho ou nas escolas, desejando bom dia, e se importando. Nem professores fazem mais isso, dificilmente. Assim como os casais de hoje em dia também não se interessam mais pela vida do outro, e sai do romantismo para a "realidade de vida a dois". Somos mais relaxados, despreocupados. Lembro me muito bem de ter vivido um momento em que as pessoas davam atenção aos outros, sem egoísmo, sem se importar somente com si mesmo. Hoje mais do que nunca, temos oportunidades de sermos mais sujos, ou talvez, demonstrarmos isso.

Tudo é mais cruel, mais realista. Não que não devemos ser assim, mais sonhar não custa, e também não é proibido, né?

Digo isso por ter visto uma breve apresentação sarcástica de um casal, e de dois amigos em uma certa série. As pessoas com o passar dos anos, não vêem mais graça nas conversas, ou simplesmente enjoam uma da outra. Epa, não era pra ser assim. Tem alguma coisa muito errada.

Talvez seja neura, mais não eram pros casais, não eram pras pessoas agirem de tal forma. Acredito eu que as pessoas enjoam porque, logicamente, não acham mais graça em conversar diariamente. Ou não, talvez porque ficam tímidas mesmo.

E com o passar do tempo, sempre chega alguém falando: - " E ai Cicrano, esqueceu que eu existo é? poxa, te considerava tanto, e tu deixou de falar comigo, cê falsa mermã" . Deus que me perdoe, mais tenho nojo disso. Não de vir atrás, mais da forma com qual as pessoas falam. Deu pra perceber que eu estou meio confusa.

Mais eu voltei pra onde eu tinha parado: para as perguntas.

Por que tudo isso agora?
Por que confusão?
Por que falta de educação?
Por que não mais perguntas?
Por que eu mudei tanto?
Por que tudo mudou tanto?
Por que eu pergunto tanto?

são perguntas simples, sem resposta direta.
A vida é assim, cheia de perguntas simples, sem respostas diretas, ou ao menos verdadeiras.
Perguntas do tipo "como você vai?" faz bem as outras pessoas, demonstra importância.

Não deixe de fazer esse simples gesto, para que não precise se arrepender no futuro. Isso faz falta, posso garantir.

Pequenos atos fazem a diferença.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lembranças de um mestre

Recomeçar: essa é a palavra certa. Estou nesse processo a algumas semanas. Atitudes incompreensíveis,e planos idiotas de um certo modo se foram, e o papo sobre mim está muito chato. Só que é importante lembrar, que dia 14/10/09, ontem, eu sonhei. Meu vô sempre me falava que depois do ruim, das decepções e desilusões, sempre vem o melhor. ELE era o único cara que eu conhecia que estava certo em quase tudo, quase. Dificuldade obviamente nunca deixamos de passar, o que é normal, sem elas, nada teria graça, e não iria valer a pena vence-las.

Não me deixo abalar por elas em um desespero eterno, e sim como algo que eu tenho a capacidade de passar por cima, e conseguir derrotá-las, sim.

Existia alguém a um certo tempo atrás, que sempre me dizia assim:

-" Tá vendo a lua, bella? Essa está bem longe, por que pareça perto. É dificil alcança-la, mais não é impossível. Sei que você é capaz de chegar lá, assim como um dia eu cheguei. Apenas lute!"
Esse era meu avô. Um cara ateu, mais ainda sim meu grande mestre, aquele que me ensinou tudo que eu sei, ou pelo menso, quase tudo. A exatamente 4 anos atrás, ele faleceu. Como superar uma perda tão grande, para na época, uma criança como eu era? Simples: lembrando que aquele que morrera sempre lhe quisera ver feliz. Fácil falar, difícil mesmo é conviver com aquilo que não é nem um pouco divertido.

Para mim, a cada ano que passa, é mais um ano sem aqueles velhos olhos azuis e pele gastada, cabelos brancos, altura de 1,87 e a vontade de viver do meu avô. Ele que tivera com seu último ano, as suas 78 velinhas asopradas. Era legal no ano novo, ele fazia niver no dia 1 de janeiro, e então, comemoravamos tudo junto na mansão do meu tio, a família de curitiba vinha visitar. Depois q ele se foi, ficamos triste, mais recuperamos.

Hoje depois de muito tempo sem ele, eu choro, mais não falando: -" ah, meu vô morreu, coitado, poderia viver mais", e sim chorando de felicidade, e saudade de alguém que mais do que qualquer um, foi meu verdadeiro ídolo. Obrigada Deus, por possuir o sangue italiano de alguém como ele.


Por isso que eu digo sim, todas as vezes que eu posso, que é necessário lutar pel0 o que queremos, como ele lutou pra viver, assim como muita gente lutou para sobreviver, assim como muitos nem estiveram a chance de lutar.
Ir atrás do que queremos, enfrentar o medo é bom, mais precisamos de um fato por menor que seja, para ter o direito de ir atrás. Só que errando também! Até porque, burro é aquele que acha que está sempre certo.
Vovô, ah como eu amo você. Ah como eu sinto saudade. É por você que toda vez que eu estou mal, tento melhorar, lembrando do seu sorriso. Sempre será meu mestre, o meu verdadeiro amor. É por isso que eu digo pra quem estier lendo agora, o que ele sempre me falava :

-" Ei, sonhe. Ei, olhe para mim e sorria, que nem a musica do Chaplin dizia, você é preciosa, e sabe disso. Por que perder tempo chorando se eu estou aqui para lhe ajudar, belona? Por que não esquece das ignorâncias do mundo? Por que não sorrir por ser feliz? Netinha, a vida é doce e bella, que nem você, Isabella".

Eterno,



"Nilvaldo Barbosa"